Greve na Unicamp: com adesão de 30%, servidores protestam contra mudança de gestão do complexo de saúde
15/12/2025
(Foto: Reprodução) Servidores da Unicamp entram em greve contra projeto para mudar gestão da saúde
Funcionários da Unicamp, em Campinas (SP), entraram em greve e realizaram passeata contra a mudança de gestão da área da saúde da universidade na manhã desta segunda-feira (15). O projeto que propõe que o complexo de saúde seja transformado em autarquia deve ser votado em reunião do Conselho Universitário nesta terça-feira (16) - entenda a mudança proposta abaixo.
Cerca de 30% dos servidores da saúde estão paralisados, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), e funcionários se revezam nas áreas hospitalares para garantir a manutenção dos serviços conforme previsto em lei.
O sindicato informou que as áreas com maior impacto são os ambulatórios e as cirurgias eletivas. Já o Hospital de Clínicas afirmou que está com todas as atividades assistenciais eletivas e de urgência normais.
Trabalhadores percorreram as ruas da Unicamp no fim da manhã, com faixas e acompanhados de um carro de som. A greve, aprovada em assembleia no dia 11 de dezembro, deve ser mantida por 48 horas, até esta terça. Após a reunião do Consu, o comando de greve reavaliará a mobilização, segundo o sindicato.
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O que mudaria na saúde?
De acordo com a proposta, a área da saúde, que hoje integra diretamente a estrutura administrativa e orçamentária da Unicamp, seria transformada em uma autarquia chamada Hospital das Clínicas da Unicamp (HC-Unicamp).
a proposta é de que a autarquização seja aprovada (institucional e legalmente) no primeiro semestre de 2026
a estruturação administrativa e financeira ocorreria entre 2026 e 2027, e a expansão e consolidação do projeto aconteceriam entre 2027 e 2036
a autarquia reuniria oito órgãos, incluindo o atual Hospital de Clínicas (HC) e o Hospital da Mulher (Caism)
ela passaria a ser vinculada à Secretaria de Saúde de SP, para fins administrativos e orçamentários
Segundo a Unicamp, com a autarquização, cerca de 17% do orçamento — equivalente a R$ 1,1 bilhão — deixaria de ser destinado à saúde. Esses recursos seriam direcionados para expansão acadêmica, criação de novos cursos e infraestrutura.
Para o STU, a autarquização significa a perda do "controle administrativo e financeiro do complexo" da área da saúde. Além disso, o sindicato afirma que não há garantias de que não haveria uma demissão dos funcionários em massa ou da manutenção da qualidade do atendimento de saúde de alta complexidade.
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